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Dogmática Católica Romana (Herman Bavinck)

Depois do século 10, Graças, em boa medida, as reformas monásticas e as Cruzadas, nova vida agitou a igreja do ocidente. O nascimento das universidades levou a uma teologia científica fazendo uso do método escolástico. Embora o escolasticismo tenha trazido importantes benefícios para o estudo da teologia, ele também desenvolveu um caráter que o deixou desacreditado. Negativamente, o escolasticismo negligenciou o estudo da escritura e outras fontes originais; positivamente, ele esteve muito associado a metodologia filosófica de Aristóteles. Perdendo sua conexão com a fé viva da igreja, a dogmática se tornou um sistema filosófico. A teologia escolástica passou por três fases, e começam com desejo sincero de Anselmo de aprofundar o entendimento dado pela fé quanto à forma de Anselmo estava mais próxima dos diálogos de Platão do que do método escolástico aristotélico. Na obra de Pedro Lombardo e de Alexandre de hales, a teologia se moveu para além dos tratados individuais, para manuais sis

Contribuições dos Fisiocratas para a Ciência Econômica

Observando as diversas contribuições da Escola fisiocrática, pode-se facilmente fazer uma divisão entre as contribuições gerais e as contribuições individuais, relacionadas aos autores especificamente. É dessa forma que será feita a divisão desta pesquisa, para fins de melhor entendimento. A primeira contribuição dos fisiocratas, sem dúvida, foi a de sedimentar os fundamentos da Economia enquanto ciência. Ao tentar formular suas análises com base nos preceitos da física mecânica, estes conseguiram criar um método próprio para “(...) examinar toda a sociedade e analisar as leis que governavam a circulação de riqueza e bens.” (BRUE, 2005, p. 37), o que conferiu a eles o título de primeira “escola” econômica (HUGON, 1980, 99). Outra contribuição da fisiocracia diz respeito a análise e aplicação dos impostos. Considerando sua defesa a taxação de impostos sobre a agricultura, a escola sedimentou na época o que hoje é um campo de estudo importante da microeconomia. A ideia de produto

Rudolf Bultmann e a Demitologização: uma avaliação crítica

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Bultmann procura fazer uma teologia para ser acessível a pessoas do seu tempo. Para isso, ele faz uso de uma filosofia do seu tempo, a saber: o existencialismo de Heidegger. Ao procurar fazer um processo de demitologização no Novo Testamento, Bultmann faz questão de ressaltar que este processo é diferente do apresentado pela teologia liberal. Esta levaria ao abandono da religião; aquela, ao encontro existencial com Deus. Entretanto, o resultado da demitologização parece ser idêntico ao da teologia liberal: no final, pouco resta da fé cristã, a não ser uma mensagem ética. Portanto, observa-se que a intenção de Bultmann é válida por querer apresentar algo que possa ser entendido as pessoas do seu tempo. Mas o custo disso é elevado, a forma é duvidosa e o resultado é desanimador.

A Formação do Dogma: Oriente e Ocidente (Herman Bavinck)

A dogmática surge da reflexão sobre a verdade da Escritura. Essa não é a tarefa de indivíduos, mas de toda a igreja. Contra Harnack, o dogma não é o produto da helenização e, assim, um grande erro. Harnack simplesmente tem uma interpretação diferente daquela mantida pela igreja histórica sobre a essência do Cristianismo: se Harnack é demasiadamente negativo sobre a história do dogma, o Catolicismo Romano comete o erro oposto, dando à tradição um status quase equivalente ao da Escritura. A Reforma não subestimou nem superestimou a tradição, mas distinguiu entre tradição falsa e verdadeira e insistiu na necessidade do discernimento baseado na Sagrada Escritura. A tradição da Reforma diz respeito ao desenvolvimento do dogma na história da igreja. A igreja primitiva articulou seus dogmas em escritos epistolares e credos simples. Durante o tempo dos apologetas, no século 2º, a oposição enfrentada pelos cristãos pressionou a igreja a uma reflexão mais profunda e a uma defesa mais so

O método e a organização da Teologia Dogmática - Herman Bavinck

O material para a construção de uma teologia dogmática vem da Sagrada Escritura, do ensino da igreja e da experiência cristã. Desde o início, a Escritura serviu como a regra de fé e o fundamento de toda teologia. Como a igreja se espalhou e alcançou todo o mundo, tornou-se necessário esclarecer e fortalecer a regra de fé contra o ensino falso. Isso levou ao surgimento de uma forte autoridade de ensino episcopal eaum aumento da dependência da tradição autoritativa da igreja. Ao longo do tempo, o peso da tradição aumentou, enquanto o papel da Escritura diminuiu. A Reforma tentou renovar a ancoragem da igreja na Escritura e, no tempo, deu origem a uma “teologia bíblica” anti-escolástica. A inversão filosófica na filosofia, representada por Kant, Schleiermacher e Hegel, produziu ainda outro método teológico - o subjetivo. A experiência substituiu o conhecimento como o fundamento da teologia, que fo i separada da ciência e da metafísica. Tendo como ponto de partida a consciência cristã, fo

RESUMO - A Interpretação das Escrituras na Modernidade (Augustus Nicodemus)

Capítulo 12: A Interpretação das Escrituras na Modernidade O Iluminismo foi um movimento que serviu de base para as filosofias racionalista e empirista. Estas, embora discordantes quanto a origem do conhecimento, concordavam que Deus estava fora da capacidade humana de conhecer. Assim, muitos teólogos que buscaram conciliar a fé Cristã com estas filosofias acabaram causando uma série de impactos na interpretação bíblica. Os relatos miraculosos descritos na Bíblia passaram a ser vistos como invenções do povo de Israel da Igreja primitiva. Até mesmo a ressurreição de Jesus foi desacreditada. Para tanto, os críticos da época procuraram tecer uma distinção entre a Fé a História: eventos relacionados a milagres e a ressurreição se encaixam no primeiro aspecto, enquanto que ocorreu de verdade deve ser buscado sem considerar tais elementos como históricos. Dessa forma, seria impossível considerar neste tipo de pensamento a inerrância e a infalibilidade da Escritura. De fato, essa foi a

A mudança do sábado para o domingo (Rev. Palmer Robertson)

I. O SÁBADO FOI ESTABELECIDO NA CRIAÇÃO DO MUNDO: 1. O Sábado é um dos elementos da aliança da criação 2. As razões para o sábado são: 2.1. Êxodo 20. 8-11: a Criação 2.2. Deuteronômio: 5. 12-15: a Redenção 2.3. Marcos 2.27: o Homem II. A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO É UM EVENTO TÃO SIGNIFICATIVO QUANTO A CRIAÇÃO DO MUNDO, PORQUE ELA É A PRIMÍCIA DA NOVA CRIAÇÃO. 1. Enquanto no Antigo Testamento temos: Trabalho, Trabalho, Trabalho, Trabalho, Trabalho, Trabalho,  e finalmente, descanso: 2. No Novo Testamento temos: Descanso, Trabalho, Trabalho, Trabalho, Trabalho, Trabalho, Trabalho. Trata-se de um novo paradigma. Mas como ele foi construído? III. SETE VEZES OU JESUS APARECEU AOS DISCÍPULOS NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA OU OS CRISTÃOS ESTAVAM REUNIDOS NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA. 1. Jesus ressuscitou no primeiro dia 2. Jesus encontrou com os seus discípulos no Primeiro dia da semana 3. Jesus esperou uma semana para encontrar-se com Tomé. Ele estava construindo um novo p