Relatório de Leitura: Pregação e Pregadores - Martyn Lloyd-Jones
Introdução
O objetivo do livro
de Martyn Lloyd-Jones, denominado “Pregação e Pregadores”, é apresentar a sua
contribuição acerca do tema. Para isso, o autor faz uso de uma série de textos
bíblicos, além de considerações pessoais, citações de casos verídicos e de
eventos históricos que envolvem os principais nome da Igreja cristã quanto à
pregação da palavra.
O livro está
dividido em 16 capítulos e são resultado de uma série de preleções que o autor
fez no inicio dos anos de 1970. Mesmo sendo proferida a cerca de 47 anos atrás,
a obra parece demonstrar componentes que chamam a atenção e possuem grande
relevância para os dias atuais.
Assim, o presente
relatório de leitura procura fazer uma breve análise destes 16 capítulos. Ao
final, estão as conclusões do trabalho.
Relatório de Leitura
Os capítulos 1 e 2
tratam da primazia da pregação. No primeiro o autor demonstra, com base nas
Escrituras, que a pregação é principal tarefa da Igreja. Tal função é reforçada
no capítulo seguinte demonstra-se que isto é uma implicação lógica quando se
reconhece a real necessidade do homem de se salvar. Portanto, não pode haver
outro substituto para a pregação. Já os capítulos 3 a 5 vão tratar acerca do
sermão e da pregação. Uma é a mensagem; a outra o ato de entrega desta. O
sermão possui o conteúdo que é determinado pelo texto bíblico, e a forma do
sermão, que deve ser expositiva, com divisões que esclareçam a mensagem e
possuindo uma aplicação aos ouvintes. Já o ato da pregação deve envolver toda a
personalidade do pregador. Em todo o ato da pregação deve haver liberdade,
seriedade, zelo e senso de interesse e urgência.
O capítulo 6 se
concentra sobre a figura do pregador. Este é alguém que é chamado a pregar.
Além disso, o autor apresenta algumas qualidades necessárias que o pregador
deve ter tais como o dom de falar e conhecimento dos diversos ramos da teologia.
Já os capítulos 7 e 8 abordam a congregação. Mostrando que o caráter da
mensagem é autoritativo, o autor infere que cabe ao pregador avaliar a
congregação e não o contrário, como se costuma fazer atualmente.
O capítulo 9 fala
sobre o preparo do pregador. Este precisa ser disciplinado, possuir vida
devocional, e ter boa leitura intelectual. Já o capítulo 10 destaca a
preparação do sermão. Esta deve se originar das Escrituras, e toda a preparação
deve ser profunda, mas sem uma rigidez que impeça a liberdade do espírito.
Quanto à estrutura
do sermão, o autor trata disso no capítulo 11 e demonstra que não há uma forma
única e fixa para tal. Em todo caso, as divisões feitas devem surgir naturalmente
do texto. O capítulo 12 adverte que as ilustrações objetivam apenas esclarecer
a verdade e não devem se sobrepor a ela. Além disso, humor e eloqüência devem
ter suas reservas ao serem usados no momento da pregação.
O capítulo 13, o
autor expõe algumas coisas que considera necessário evitar, como o
profissionalismo, e a incorporação de um personagem no momento da pregação. O
capítulo 14 trata do chamado “apelo” e demonstra como esta prática não é
bíblica, sendo introduzida no século 19 por Charles Finney.
O capítulo 15
destaca o romance da pregação, definindo-o como a todas as possibilidades de
acontecimentos imprevisíveis e maravilhosos que o autor sente no momento da
pregação, que acontecem através do Espírito Santo. Este é, aliás, o tema do
último capítulo: a unção do Espírito Santo é o aspecto mais fundamental da
pregação. É somente com o enchimento do Espírito Santo que o pregador poderá
não com base em sabedoria humana, mas no poder de Deus.
Conclusão
Neste livro, Marty
Lloyd-Jones procura passar a sua percepção sobre a pregação após 40 anos de
ministério dedicado a esta função. Por isso, faz uso de várias experiências e
se utiliza de casos que demonstram a importância de suas afirmações. Isso torna
a leitura extremamente agradável.
Dessa forma não se
deve surpreender as preferências pessoais do autor aparecendo ao longo da obra.
Suas posições contrárias quanto ao anuncio do tema ou a pregação no rádio e
Televisão são pessoais, e o autor faz questão de demonstrar isso. De nenhuma
forma, isso desqualifica ou tira o livro de trazer uma mensagem revigorante.
Logo, tais
características mostram que o livro é de grande valia não só para pregadores
atuantes, futuros pregadores, e, para todos os discípulos de Cristo que desejam
que a pregação esteja no lugar que lhe é devido.
Bibliografia
LLOYD-JONES, Martyn. Pregação
e Pregadores. São Paulo: Fiel, 2008, 302 p.
*trabalho entregue no SPBC-RO na disciplina de homilética - 1º Semestre de 2017.
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